A vigilância comercial e concorrencial é essencial no actual ambiente de negócios, pois permite-nos estar atentos às tendências, movimentos competitivos e oportunidades do mercado. Facilita a adaptação às mudanças na procura dos consumidores e contribui para o crescimento económico, a eficiência empresarial e a evolução da satisfação do mercado.
Mercado global
O mercado global de oleaginosas é um mercado importante: o valor do mercado de oleaginosas em 2022 foi de 239,05 mil milhões de dólares e está estimado em 359,7 mil milhões de dólares em 2032. As culturas de oleaginosas ocupam mais de 180 milhões de hectares de terras agrícolas em todo o mundo, e este número está a aumentar. Segundo diversas empresas de pesquisa de mercado, o CAGR esperado do mercado de oleaginosas é de 4,2%; Isto representa um crescimento moderado, mas constante e sustentável ao longo do tempo.
Dinâmica das espécies no mercado
- A espécie oleaginosa com maior vantagem competitiva é a palma, pois tem um percentual de produção global de 36%, enquanto tem um uso da terra de 8,6% (cerca de 425 mega hectares).
- A soja é responsável por 25,5% das culturas globais de óleos vegetais, mas neste caso requer 39% do uso global da terra. Ou seja, mais área de terra para cultivo em relação ao dendê.
- A canola ocupa o terceiro lugar, com 11,3% da produção mundial total de óleo vegetal, enquanto utiliza 12% da área mundial de cultivo de oleaginosas.
- O girassol é o quarto óleo mais importante, responsável por 9% da produção mundial de óleo vegetal e utiliza 8,3% das terras aráveis para esse fim, de menor rendimento.
- Por fim, entre as espécies mais relevantes no contexto global, está a oliveira, que representa 1,6% do óleo vegetal produzido mundialmente e 3,3% do uso do solo.
Compreender e ajustar os fatores modificáveis na produção de oleaginosas é crucial para melhorar a qualidade da matéria-prima. Isso impacta na qualidade do produto final, na competitividade do mercado e na sustentabilidade. A otimização desses fatores beneficia os produtores e a cadeia de abastecimento. A competitividade começa pela matéria-prima na cadeia produtiva da oleaginosa.
Fatores para melhorar a competitividade das oleaginosas
- Métodos de extração de óleos vegetais: Como expressão mecânica e extração por solvente.
- Rendimento: Os rendimentos elevados contribuem para a estabilidade da oferta e preços competitivos.
- Resistência a doenças: a investigação centra-se no desenvolvimento de variedades resistentes.
- Perfil nutricional: Melhor expressão de nutrientes essenciais.
Fatores não modificáveis que podem afetar a competitividade
- Clima e fenómenos naturais: escolha de variedades tolerantes e práticas sustentáveis.
- Geografia e solo: Implementação de práticas de manejo do solo e seleção de variedades adaptadas.
- Fatores económicos e de mercado: Diversificação, gestão de riscos e colaboração com associações.
- Políticas e regulamentações governamentais: participação na formulação de políticas.
Globalmente, melhorar a competitividade das sementes oleaginosas requer uma abordagem abrangente que aborde tanto factores modificáveis como não modificáveis.
Assim, a vigilância comercial e concorrencial surge como um pilar fundamental para compreender e capitalizar o potencial das oleaginosas no âmbito empresarial. Estas plantas não só oferecem oportunidades no setor alimentar, mas também constituem uma fonte valiosa de recursos renováveis e sustentáveis. A colaboração internacional e a integração de diversas abordagens, tanto na indústria como na investigação interdisciplinar, são elementos cruciais para enfrentar os desafios futuros e aproveitar as oportunidades emergentes neste setor dinâmico.